ALAGOAS - Reisado e Guerreiro

Originário dos folguedos portugueses, o Reisado é um quadro representativo do ciclo natalino do Estado de Alagoas, o qual encerra diversas manifestações populares alusivas ao caminho trilhado pelos Reis Magos rumo à cidade de Belém, seguindo a estrela que os conduziu à manjedoura onde repousava o Deus-Menino. É uma série de episódios iniciados pela anunciação da vinda do Salvador, desde o pedido de “abrição de portas”, passando pela “saudação das pastorinhas” e culminando com a “louvação ao dono da casa”.

Comidas Típicas de Alagoas











Comidas típicas de Alagoas são as iguarias de origem indígena e africana, como tapioca, cuscuz de milho, massa puba, arroz doce, batata doce, inhame e macaxeira com carne de sol, beiju, grude de goma, pé de moleque, munguzá, canjica e pamonha costumam ser servidas nos cafés da manhã e da noite.



Maceió - pratos com frutos do mar









Ao longo da orla muitas barracas que servem tapiócas recheadas e muitos petiscos do mar







Frutos do Mar entram no cardápio de Alagoas. Sua culinária de peixes, crustáceos, mariscos e moluscos, lagostas, camarões, fritada de siri, sururu, maçunim e as tradicionais peixadas com pirão e regadas ao molho de pimenta e muito leite de coco, merecem ser degustadas.
Frutas Tropicais de Alagoas: manga, jaca, mangaba, abacaxi, banana e pitanga, sapoti, pinha, graviola, caju, cajá, acerola e etc… A maioria são transformadas em sucos, sorvetes e doces. Nas praias, é comum saborear um bom caldo-de-cana, água de coco, coquetel de abacaxi e batidas de frutas tropicais.
Algumas dicas para fazer turismo em Alagoas:
Visitar as piscinas naturais de Pajuçara e de Maragogi.Beber uma cerveja no calçadão da Ponta Verde.Abusar de água de côco, que é a mais gostosa e barata do que água mineral.Conhecer Barra de São Miguel e esticar até a Praia do Gunga.Conhecer os bares e boates do bairro histórico do Jaraguá.Fazer uma refeição no povoado de pescadores de Massagueira.





Historia de Alagoas






"O território em que, hoje, se situa o Estado de Alagoas foi um dos cenários privilegiados do episódio da expansão comercial e marítima da Europa, de que resultaram a descoberta e a colonização do Brasil pelos portugueses. Segundo Alexandre Von Humboldt, que se baseia no clássico quinhentista João de Barros, foram alagoanas as primeiras terras avistadas por Cabral, a 10 graus de latitude austral.




O historiador pernambucano José Bernardo Fernandes Gama sustenta opinião idêntica. A leitura da carta de Pero Vaz de Caminha não consolida essa versão, que, aliás, não prosperou. Mas, é certo que o navio comandado por Cabral a Lisboa, com a comunicação de sua descoberta, custeou o litoral alagoano. Antes da descoberta portuguesa, o litoral alagoano já era conhecido dos europeus, no caso os piratas franceses. Foram estes os primeiros homens brancos a pisar as terras alagoanas. Vinham comerciar com os caetés. Trocavam facas, tesouras, pentes, espelhos e machados por pau-brasil, araras, papagaios, macacos e algodão. Em suas relações com os índios, que os estimavam, diferenciavam-se dos portugueses, estes sempre, ou quase sempre, inclinados a escravizar os indígenas e saquear as tribos. Os franceses permaneciam em terra, nos seus portos, durante o tempo da derrubada e carregamento das madeiras. Assim, cabe-lhes a primazia no processo de miscigenação. Os primeiros mamelucos alagoanos foram decerto, mistura de francês e índio.



De todos os índios brasileiros, foram os caetés das Alagoas os que mais odiaram os portugueses, os quais terminaram por dizimá-los, em implacáveis caçadas. A convivência do índio alagoano com o corsário francês foi uma das causas determinantes da colonização do Brasil. Concluíram os portugueses que, sem a ocupação da Terra de Santa Cruz - já então chamada de Brasil, por causa de seu pau corante -, haveriam de perdê-la para os franceses. Em 1556, produziu-se na costa sul das Alagoas, entre Coruripe e São Miguel, um acontecimento que haveria de ter uma influência profunda, não só na história da Capitania, como no próprio sistema de relações de Portugal com a sua Colônia. Ali, naufragou a nau Nossa Senhora da Ajuda. Nela, viajavam para Lisboa, o primeiro bispo do Brasil, D.Pero Fernandes Sardinha. Mais de cem pessoas foram assadas e devoradas pelos caetés, salvando-se apenas dois índios baianos e um língua (intérprete) português."
Trechos do livro “Alagoas” do Escritor Ledo Ivo, pertencente à Coleção Nosso Brasil.